domingo, 23 de novembro de 2008

Co-incineração

Na aula de STC a Marta entregou-nos uma ficha que fala sobre a co-incineração e pediu-nos para reponder ás perguntas lá apresentadas.
Depois de pesquisar sobre o assunto para responder ás perguntas fiquei ainda com mais certezas de que a co-incineração não é um processo tão mau como dizem. Traz-nos imensas vantagens que as pessoas insistem em ignorar e tomar atenção apenas ás desvantagens.
Aqui vos deixo as minhas respostas ás perguntas. Espero
que tambem mudem de opinião acerca da co-incineração e que vejam as imensas vantagens que este processo nos pode trazer.

1 – Refira em que consiste a Co-incineração.

A Co-incineração é um processo de queima de resíduos sólidos, que diminui o seu volume e aproveita o calor que se gera para a produção de energia, feito em fornos de cimenteiras equipados com filtros especiais para esse efeito.

2 – Quais são as conclusões da Comissão Cientifica Independente?

A Comissão Cientifica Independente chegou à conclusão que não há maneira de eliminar completamente a incineração já que existem resíduos industriais tóxicos que não podem ser eliminados de outra forma a não ser por destruição térmica.

Chegou também à conclusão que a incineração tem vantagens e desvantagens.

Por um lado a incineração reduz 70% do peso e 90% do volume do lixo em que as substâncias tóxicas ficam maioritariamente em cinzas, as partículas sólidas ficam retidas nos filtros e são encaminhadas para os aterros sanitários juntamente com as cinzas, os filtros retiram os gases ácidos e as partículas para que as emissões não contaminem a atmosfera e quase todas as estações de incineração estão concebidas para produzirem electricidade havendo, em algumas, separação de materiais como os metais para posterior reciclagem.

Por outro lado as chaminés emitem fumos tóxicos principalmente quando se oxidam e vaporizam metais, plástico e materiais perigosos apesar dos dispositivos nelas instalados, a construção e manutenção das incineradoras é muito dispendiosa, as cinzas resultantes da incineração podem ter metais e outras substâncias perigosas pelo que têm de ser depositadas em aterros sanitários seguros e para produzirem electricidade é necessária matéria e energia o que leva algumas incineradoras a competirem por materiais como o papel representando um impedimento à reciclagem.

3 – Identifique a hierarquia das opções de gestão de resíduos e comente a afirmação: “Em nenhum país, nem mesmo no mais desenvolvido, foi possível até hoje substituir completamente os métodos de fim-de-linha, como é o caso da incineração.”

No que diz respeito à gestão de resíduos o primeiro passo deveria ser a politica dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) Deveríamos tentar Reduzir a produção de resíduos na origem. Reutilizar todos os resíduos produzidos que são enviados para empresas licenciadas para o seu devido tratamento, após serem tratados podem ser de novo reutilizados pela empresa de origem, esta reutilização permite minimizar a poluição, uma vez os resíduos depois de tratados podem ser reutilizados o que impede a compra de um outro. E reciclar. O resíduo após tratado pode voltar à forma de origem e reutiliza-se. No entanto a empresa de tratamento pode recuperá-lo, convertendo-o noutra substância que possa ser utilizada como matéria-prima noutro processo.

A próxima etapa seria a valorização energética de resíduos. É uma solução ambiental, disponível em todas as regiões, contribui para a independência energética, mantém o capital no local pois não é necessário comprar energia concebida noutro local, limita o efeito estufa pela redução das emissões de CO2 e supressão da emissão de enxofre e gera 3 a 4 vezes mais empregos do que as outras formas de geração de energia como petróleo, gás, hidroeletricidade ou carvão mineral.

Resíduos que não possam ser reciclados nem transformados em energia, então, devem ser acondicionados em aterros seguros ou receberem tratamentos bioquímicos.

Por fim, o último processo a ser usado será a destruição térmica especialmente ao ar livre pois liberta CO2 que agrava o efeito de estufa.

Tal como diz na afirmação não é possível eliminar completamente a incineração devido aos resíduos tóxicos e perigosos que não podem ser eliminados de outra maneira. Se colocados em aterros contaminariam a terra e a água dos lençóis de água subterrâneos logo a única opção será a destruição térmica.

4 – Como reagiria á construção de uma incineradora próximo da sua habitação? Fundamente a sua resposta.

Penso que ninguém gostaria de ter uma incineradora perto de casa. Uma incineradora causa mais desvantagens do que vantagens a quem viva perto.

Existem vários motivos como a saúde, o ruído, o impacto na qualidade do ar e da água que influenciam para que a reacção seja negativa. Os químicos lançados pelas incineradoras influenciam todas estas áreas e outras que provocam medo nas pessoas.

Por outro lado, tenho consciência de que as incineradoras têm que ser construídas em algum sítio.

Como é nas grandes cidades que se produz mais resíduos convém que as incineradoras sejam construídas em zonas de rápido acesso.

É claro que por mais benefícios que pudessem existir, é sempre complicado para quem vive por perto. Seria sempre melhor que fosse noutro sítio. Mas noutros sítios haverá outras pessoas que se sentiriam exactamente na mesma situação.

Penso que a solução ideal seria encontrar um local de acesso rápido as metrópoles, com espaço livre e o menor numero de população possível á sua volta.

5 – Realize um trabalho de pesquisa nos jornais acerca da co-incineração em Souselas e elabore um texto onde aborde as seguintes questões:

a) Identifique os diferentes actores presentes na controvérsia pública em torno da co-incineração.

b) Identifique os valores defendidos por cada uma das partes e os argumentos de índole científica que estão por trás dessas opiniões.

O assunto da co-incineração em Souselas gerou controvérsia na sociedade.

A razão genérica que esteve na base quer da decisão governamental, quer do movimento de protesto dos habitantes de uma das regiões afectadas, era a mesma: o combate a um problema do foro ambiental. Com efeito, a decisão do Ministério do Ambiente de avançar com a co-incineração fundamentava-se na necessidade urgente de dar um tratamento aos Resíduos Industriais Perigosos produzidos em Portugal que, tal como estavam, representavam uma enorme ameaça ambiental; o movimento de protesto fundamentava-se no facto de a solução escolhida não ser ambientalmente correcta, transformando a própria solução em ameaça.

Os habitantes de Souselas não querem a incineradora perto das suas habitações.

O Ministério do Ambiente, a CCI (comissão cientifica independente) e a CIMPOR acreditam ser o local mais indicado para colocar a incineradora.

Para os habitantes de Souselas, assim como para os habitantes de todos os outros locais onde há projectos para a construção de incineradoras, existem vários aspectos a ter em conta, todos eles examinados no Estudo de Impacto Ambiental:

- Na área da saúde uma das maiores preocupações é que a exposição a agentes químicos possa causar efeitos cancerígenos ou de carácter crónico. Para refutar, o Ministério da Ambiente alega que, segundo estudos efectuados, o nível de exposição a agentes químicos é, em regra, demasiado baixa para causar efeitos tóxicos agudos e que a unidade de incineração prevista é semelhante a existentes em outros países sendo que o nível de emissões é compatível com a preservação da saúde pública.

- Quanto à qualidade da água uma das maiores preocupações é o impacto que a descarga de águas residuais possa ter. Segundo a Valorsul as redes de águas residuais criadas evitam a descarga no meio receptor. A maior parte das águas residuais são reutilizadas no processo e as que não são acabam sujeitas a tratamentos antes de serem lançadas no exterior tendo um impacto negativo muito reduzido.

- Os resíduos sólidos resultantes da incineração serão divididos em três. Os metais que podem ser reutilizados, escórias reutilizáveis na industria de construção e cinzas que serão depositadas em aterros ou conduzidas para o sistema de tratamento de resíduos industriais.

- Durante a incineração libertam-se maus cheiros que poderão degradar a qualidade do ar. Segundo o Ministério do Ambiente e a CCI o Maior impacto na qualidade do ar será durante a fase de construção, e mesmo assim, pouco significativo e de âmbito muito local, essencialmente poeiras. Quanto aos maus cheiros, acreditam que não haverá emissão significativa de cheiros já que o tempo de permanência dos resíduos na fossa de recepção é reduzido. Apenas se poderão registar odores significativos nas áreas confinadas de manuseamento.

- Outra das preocupações é o aumento da poluição sonora. Segundo os estudos realizados o aumento do ruído será reduzido. A alteração do nível de ruído existente será mínima.

- Prevê-se uma pequena desvalorização dos terrenos próximos da central. Por outro lado, o aumento dos postos de trabalho é significativo.

- A criação da central fará com que o tráfego para a área aumente. Toda a via espera-se que os acessos suportem sem grandes problemas o aumento do tráfego.

O movimento de protesto contra a co-incineração tem sido caracterizado por períodos diferenciados de contestação. Podemos identificar três desses períodos, de onde ressaltam as seguintes características fundamentais: no primeiro tempo, a insuficiência da reivindicação popular junto dos decisores governamentais traduziu-se num apelo ao saber de peritos de maneira a fundamentar a decisão; no segundo tempo, a posição tomada pela CCI, totalmente favorável ao avanço do processo de co-incineração, fez com que a contestação se fizesse, sobretudo, por via da controvérsia científica instalada; no terceiro tempo, o alargamento das análises científicas às questões relativas à saúde pública permitiram um reforço da associação que já vinha acontecendo entre parte da comunidade científica e o movimento de protesto, havendo uma aproximação inequívoca às principais preocupações das populações locais, muito embora o parecer do Grupo de Trabalho Médico (GTM) tenha garantido a inocuidade da co-incineração para a saúde das populações afectadas e referido que os riscos decorrentes da actividade de uma co-incineradora eram «socialmente aceitáveis».

Apesar de toda a polémica o importante é encontrar soluções para o problema. As co-incineradoras são necessárias para eliminar resíduos que não tivessem qualquer outra alternativa de tratamento. Do lado do movimento de protesto continuam ainda a ser efectuados esforços no sentido de serem encontradas alternativas para os restantes resíduos.

A verdade é que as co-incineradoras trazem benefícios que não podem ser ignorados e têm de ser construídas em algum sítio. Os habitantes não querem ter uma co-incineradora nos “seus quintais” mas neste momento a verdadeira preocupação deveria ser com o ambiente e deveriam ser tomadas em conta as vantagens que podem advir a longo prazo.

6 – Uma alternativa à co-incineração é a exportação dos resíduos tóxicos e perigosos. Analise esta alternativa do ponto de vista social.

Existem teorias relativas à exportação de resíduos tóxicos e perigosos para o espaço ou para zonas despovoadas como a Antárctica.

Todas estas teorias são criadas como alternativa à co-incineração já que os habitantes dos locais onde são planeadas as construções de co-incineradoras não as querem por perto.

O grande problema destas teorias é que não tomam em consideração as repercussões a longo prazo para o planeta e para a sociedade.

Imaginemos que os resíduos tóxicos são enviados para o espaço. Esses resíduos manter-se-iam em orbita próximo da terra juntamente com o lixo espacial deixado para trás pelo Homem aquando das suas excursões pelo espaço. Em orbita podem dar-se colisões que podem provocar a queda dos mesmos na Terra atraídos pela gravidade do planeta o que causaria danos enormes.

Com a criação de aterros em zonas despovoadas como por exemplo na Antárctica poderão ocorrer também danos enormes no planeta. Com o degelo actualmente existente nos pólos os resíduos lá acondicionados espalhar-se-iam nos mares contaminando as águas o que seria um desastre ambiental em grande escala.

É natural que as pessoas que possam vir a ter co-incineradoras perto de casa só vejam o lado negativo de as terem por perto. No entanto há que ter em conta que as co-incineradoras trazem vantagens. As desvantagens das alternativas apresentadas são muito mais prejudiciais para a sociedade e para o planeta do que as que advêm da criação de co-incineradoras, além do que, se forem tomadas as medidas necessárias para minimizar as consequências da incineração, este processo torna-se muito mais vantajoso do que desvantajoso e ambientalmente mais seguro do que qualquer uma das alternativas.

sábado, 15 de novembro de 2008

Portugal – Um retrato social

Nos dias 4 e 5 de Novembro assistimos a um filme sobre as diferenças que existem entre o mundo em que vivemos hoje em dia e o mundo em que se vivia há alguns anos atrás.

Compilamos algumas das mudanças que ocorreram entretanto.

Antigamente:

  • O serviço militar era obrigatório,
  • O ritmo de vida era mais sedentário,
  • O ensino era precário,
  • Havia falta de liberdade,
  • As pessoas andavam a pé ou de transportes públicos,
  • As casas eram na maior parte alugadas,
  • As mulheres não trabalhavam,
  • A sexualidade era tabu,
  • O nº de filhos era maior,
  • O nível de vida era inferior,
  • Não havia gastos indispensáveis,
  • Não existia o consumo em massa,
  • A virgindade, para as mulheres, era mantida até ao casamento,
  • Sexualidade dominada pelo machismo,
  • As pessoas não iam para fora de férias,
  • Não existia a quantidade de estabelecimentos nocturnos que existe hoje em dia,
  • A oferta de drogas e álcool não era feita tão abertamente,
  • A idade com que os jovens começavam a sair à noite era maior,
  • A alimentação era melhor (dieta mediterrânea),
  • As refeições eram tomadas em família promovendo o diálogo,
  • Havia mais tempo para estar com a família.

Actualidade:

  • O planeamento do futuro dos filhos é dificultado,
  • Pelo menos 2/3 da população tem carro,
  • Há menor qualidade na alimentação mas mais variedade,
  • Cada vez as famílias estão mais endividadas,
  • As pessoas começaram a passar férias em destinos exóticos,
  • Apareceram electrodomésticos e tecnologia para aumentar o conforto,
  • A sexualidade tornou-se mais aberta,
  • As pessoas começaram a ter casa própria,
  • Aumentou a oferta de diversão nocturna,
  • O nº de filhos começou a ser menor,
  • O poder de compra aumentou,
  • Há maior facilidade em obter álcool e drogas,
  • Há mais liberdade e conforto,
  • As mulheres começaram a trabalhar,
  • As pessoas passaram a ter direito de escolha,
  • Toda a gente passou a ter direito ao ensino,
  • A sociedade passou a ter menos barreiras mas maiores diferenças sociais,
  • Há menos tempo para os filhos,
  • Há menos dialogo e união entre as famílias,
  • Os adolescentes começam a sair e a adquirir vícios mais cedo.

As mudanças na sociedade e na vida das famílias foram muitas e muito importantes.

Algumas coisas mudaram para melhor, estas mudanças permitiram que o mundo evoluísse. Foram muito importantes, especialmente para as mulheres que ganharam igualdade de direitos e autonomia.

Mas será que não perdemos também coisas muito importantes?

Claro que sim. Perdemos a união familiar, o tempo para os filhos e tantas outras coisas.

Houve mudanças tanto para melhor como para pior.

Só há uma coisa que por mais tempo que passe não irá mudar:

“Manda quem pode, obedece quem deve!”

Biografia de Mohamed Ali

Numa das primeiras aulas de CLC com a Catarina reunimo-nos em grupo e escolhemos uma entre várias fotografias para criarmos uma biografia.

O nosso grupo escolheu uma fotografia de um homem que parecia ser palestino. Aqui está a biografia que criamos para ele.

Biografia de Mohamed Ali

Mohamed Ali nasceu nas montanhas distantes da Palestina, país assolado desde sempre pelas guerras constantes na disputa da identidade da faixa de Gaza.

A sua vida foi dura tal como já havia sido a dos seus pais, agricultores de profissão, foram baixas da guerra quando Mohamed tinha apenas 12 anos.

Nesta tenra idade foi obrigado a abandonar a escola para poder sustentar os 3 irmãos mais novos. Para isso teve que se mudar para a cidade e começar a trabalhar. Ai começou a tomar conhecimento de uma nova realidade, os movimentos activistas que nas sombras planeavam os ataques a Israel.

Embora receoso não deixava de ser aliciado para fazer parte desse movimento.

Os anos foram passando e Mohamed construiu a custo a sua actividade própria, criou os 3 irmãos e constituiu família.

Aos poucos foi entrando nesse movimento e começou a tomar cada vez mais uma parte no que ele também considerava importante. A identidade e independência do seu país.

Hoje, com 52 anos, os filhos já homens e fazendo eles também parte desse mesmo movimento, continua a ser um membro activo nas manifestações e em todas as acções que levem o seu país a ser um país com identidade própria e não subjugado aos caprichos e vontades de Israel.

Este trabalho de grupo foi muito importante para nos conhecermos pois quando inventamos uma biografia para alguém que não existe acabamos por colocar sempre um pouco de nós e do que é importante para nós lá.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

1º dia de blog

Na aula de STC criamos o nosso blog para o PRA. Este blog..
Aqui é onde vou colocar as primeirs reflexões sobre os assuntos discutidos nas aulas para a realização do PRA.
Espero que gostem e que compartilhem a vossa opinião também!!!

Reflexão sobre Dalai Lama



Quando a Catarina na aula de CLC nos pediu para pensar em alguém que tivesse mudado alguma coisa na história do mundo não sabia que nome escrever.

Depois veio-me à ideia Dalai Lama.

Escolhi falar sobre ele pelo que transmite. Dalai Lama não é só uma esperança para os tibetanos como também para todo o mundo. Uma esperança de que ainda existe amor e paz no coração dos homens.

A filosofia budista e a vida de Dalai Lama são para mim uma inspiração.

É um exemplo para muitos e mudou a sociedade. Abriu os olhos ao mundo e tocou na alma e no coração das pessoas levando a compaixão e o diálogo a todos.

Sempre lutou pela independência do seu povo e para manter viva a cultura Tibetana pacificamente.

Dalai Lama é um exemplo que devia ser seguido para que , talvez um dia, possamos viver num mundo melhor onde nos respeitemos mutuamente e onde o amor e a compaixão nunca abandonem os nossos corações. Onde possamos encontrar paz interior.

Ainda tenho esperanças que esse dia chegue.

Graças a homens como Dalai Lama este sonho ainda vive nos nossos corações. A esperança não morreu.

Aqui vai o nosso trabalho em powerpoint:

Reflexão sobre DNA fingerprinting



Na aula de STC de dia 10 de Novembro de 2008 com a Marta lemos algumas notícias sobre genética. A noticia que mais me interessou foi a que falava sobre DNA fingerprinting.

Desde que estreou a série csi que a sigo regularmente. A ciência forense sempre captou a minha atenção e me interessou bastante.

Decidi investigar um pouco e eis as informações que retirei.

Engenharia Genética é o termo utilizado para descrever algumas técnicas modernas que têm vindo a revolucionar o campo da Biotecnologia. Consiste num conjunto de técnicas e ferramentas que permite identificar, isolar, manipular e multiplicar os genes de organismos vivos.

Uma das técnicas fundamentais pertencentes ao domínio da Engenharia Genética é o DNA fingerpriting.

O DNA pode ser isolado a partir de uma grande variedade de produtos biológicos. O material mais utilizado para esse fim é o sangue. O DNA é retirado dos glóbulos brancos, porque os glóbulos vermelhos humanos não possuem núcleo.

Em casos de violação, o esperma do violador pode ser também uma fonte de DNA, bem como a saliva deixada em cigarros, comida ou copos abandonados no local do crime, que podem ser recolhidos para obter DNA.

No caso da saliva, o DNA provém das células do epitélio bucal. Também os cabelos, particularmente os folículos (raiz do cabelo), podem fornecer DNA.
Este ácido nucleico está, também, presente nos ossos, nos dentes, na cera dos ouvidos, nas fezes e no muco nasal.

Verifica-se que, numa grande parte dos cenários de um crime, é possível encontrar material biológico que pode ser utilizado para recolher DNA, que será sequenciado no sentido de encontrar o "dador”, isto é, o criminoso. É comum afirmar-se que a sequência nucleotídica da molécula de DNA é exclusiva de cada indivíduo, excepto no caso dos gémeos verdadeiros.

Um dos testes mais avançados para comparar sequências de DNA tem uma enorme capacidade de discriminação. A probabilidade de dois indivíduos terem sequências analisadas iguais é de 1 em 100 milhões

As principais aplicações da técnica do DNA fingerprinting são as seguintes:

- Genética forense – A dactiloscopia genética é uma técnica utilizada na ciência forense onde se analisam as diferenças entre o DNA proveniente de material biológico deixado num local (sangue, cabelo, esperma…) e uma amostra para comparação. A hipótese de dois indivíduos sem qualquer relação de parentesco possuírem exactamente o mesmo traço de DNA analisado é muito remota, por isso a dactiloscopia do DNA constitui um teste viável. Isto permite a identificação de cadáveres e a identificação de criminosos. Contudo, na análise dos suspeitos de um crime, por exemplo, é de ter em conta se estes têm irmãos gémeos, uma vez que, através das impressões digitais genéticas, não se podem distinguir dois gémeos monozigóticos, pois os padrões do traço de DNA são os mesmos.

- Determinação de paternidade – Como cada indivíduo herda a disposição dos seus nucleótidos dos seus pais, comparando os padrões de DNA de um indivíduo com os dos alegados progenitores, podem-se obter probabilidades de parentesco que nos levem a excluir a paternidade ou a confirmá-la com um elevado grau de certeza. Se os dois padrões forem suficientemente semelhantes (tendo em conta que só metade do DNA é herdado de cada progenitor), então a paternidade confirma-se.

- Se utilizada em conjunto com metodologias sociológicas, a técnica das impressões digitais genéticas pode ser usada para analisar padrões de migração e confirmar origens de étnicas.

- Esta tecnologia pode ser usada para prever a nossa saúde futura. Assim, pode ser utilizada para localizar os genes de doenças hereditárias. Se um padrão particular de DNA aparece repetidamente em diferentes doentes, os cientistas podem verificar qual ou quais os genes, ou pelo menos qual ou quais pedaços de DNA, que poderão estar envolvidos. Como o conhecimento dos genes envolvidos na susceptibilidade a uma doença dá pistas sobre fisiologia subjacente à doença, o DNA fingerprinting auxilia no desenvolvimento de terapias. Pode também ser usado no período pré-natal para detectar possíveis anomalias hereditárias, como a distrofia muscular ou a doença de Huntington, de forma a que possa ser disponibilizado aconselhamento médico e possam ser adoptadas as devidas precauções.

Como se pode ver esta técnica traz-nos inúmeras vantagens. Não só na ciência forense como também em análises sociológicas e na área da saúde.

A evolução da Biotecnologia, neste caso da engenharia genética em específico, permite-nos trabalhar não só para encontrar tratamentos para as doenças mas também para as prevenir.

A ciência continua a evoluir, as técnicas científicas tornam-se cada dia mais eficazes e surgem, cada vez mais, novas técnicas e descobertas cientificas que aumentam a nossa qualidade de vida e a esperança de cura para doenças que flagelam a Humanidade.


Para mais informações deixo-vos aqui o site de pesquisa

http://www.biologia-ap.no.comunidades.net/index.php?pagina=1288163696