Depois de pesquisar sobre o assunto para responder ás perguntas fiquei ainda com mais certezas de que a co-incineração não é um processo tão mau como dizem. Traz-nos imensas vantagens que as pessoas insistem em ignorar e tomar atenção apenas ás desvantagens.
Aqui vos deixo as minhas respostas ás perguntas. Espero que tambem mudem de opinião acerca da co-incineração e que vejam as imensas vantagens que este processo nos pode trazer.
1 – Refira em que consiste a Co-incineração.
A Co-incineração é um processo de queima de resíduos sólidos, que diminui o seu volume e aproveita o calor que se gera para a produção de energia, feito em fornos de cimenteiras equipados com filtros especiais para esse efeito.
2 – Quais são as conclusões da Comissão Cientifica Independente?
A Comissão Cientifica Independente chegou à conclusão que não há maneira de eliminar completamente a incineração já que existem resíduos industriais tóxicos que não podem ser eliminados de outra forma a não ser por destruição térmica.
Chegou também à conclusão que a incineração tem vantagens e desvantagens.
Por um lado a incineração reduz 70% do peso e 90% do volume do lixo em que as substâncias tóxicas ficam maioritariamente em cinzas, as partículas sólidas ficam retidas nos filtros e são encaminhadas para os aterros sanitários juntamente com as cinzas, os filtros retiram os gases ácidos e as partículas para que as emissões não contaminem a atmosfera e quase todas as estações de incineração estão concebidas para produzirem electricidade havendo, em algumas, separação de materiais como os metais para posterior reciclagem.
Por outro lado as chaminés emitem fumos tóxicos principalmente quando se oxidam e vaporizam metais, plástico e materiais perigosos apesar dos dispositivos nelas instalados, a construção e manutenção das incineradoras é muito dispendiosa, as cinzas resultantes da incineração podem ter metais e outras substâncias perigosas pelo que têm de ser depositadas em aterros sanitários seguros e para produzirem electricidade é necessária matéria e energia o que leva algumas incineradoras a competirem por materiais como o papel representando um impedimento à reciclagem.
3 – Identifique a hierarquia das opções de gestão de resíduos e comente a afirmação: “Em nenhum país, nem mesmo no mais desenvolvido, foi possível até hoje substituir completamente os métodos de fim-de-linha, como é o caso da incineração.”
No que diz respeito à gestão de resíduos o primeiro passo deveria ser a politica dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) Deveríamos tentar Reduzir a produção de resíduos na origem. Reutilizar todos os resíduos produzidos que são enviados para empresas licenciadas para o seu devido tratamento, após serem tratados podem ser de novo reutilizados pela empresa de origem, esta reutilização permite minimizar a poluição, uma vez os resíduos depois de tratados podem ser reutilizados o que impede a compra de um outro. E reciclar. O resíduo após tratado pode voltar à forma de origem e reutiliza-se. No entanto a empresa de tratamento pode recuperá-lo, convertendo-o noutra substância que possa ser utilizada como matéria-prima noutro processo.
A próxima etapa seria a valorização energética de resíduos. É uma solução ambiental, disponível em todas as regiões, contribui para a independência energética, mantém o capital no local pois não é necessário comprar energia concebida noutro local, limita o efeito estufa pela redução das emissões de CO2 e supressão da emissão de enxofre e gera 3 a 4 vezes mais empregos do que as outras formas de geração de energia como petróleo, gás, hidroeletricidade ou carvão mineral.
Resíduos que não possam ser reciclados nem transformados em energia, então, devem ser acondicionados em aterros seguros ou receberem tratamentos bioquímicos.
Por fim, o último processo a ser usado será a destruição térmica especialmente ao ar livre pois liberta CO2 que agrava o efeito de estufa.
Tal como diz na afirmação não é possível eliminar completamente a incineração devido aos resíduos tóxicos e perigosos que não podem ser eliminados de outra maneira. Se colocados em aterros contaminariam a terra e a água dos lençóis de água subterrâneos logo a única opção será a destruição térmica.
4 – Como reagiria á construção de uma incineradora próximo da sua habitação? Fundamente a sua resposta.
Penso que ninguém gostaria de ter uma incineradora perto de casa. Uma incineradora causa mais desvantagens do que vantagens a quem viva perto.
Existem vários motivos como a saúde, o ruído, o impacto na qualidade do ar e da água que influenciam para que a reacção seja negativa. Os químicos lançados pelas incineradoras influenciam todas estas áreas e outras que provocam medo nas pessoas.
Por outro lado, tenho consciência de que as incineradoras têm que ser construídas em algum sítio.
Como é nas grandes cidades que se produz mais resíduos convém que as incineradoras sejam construídas em zonas de rápido acesso.
É claro que por mais benefícios que pudessem existir, é sempre complicado para quem vive por perto. Seria sempre melhor que fosse noutro sítio. Mas noutros sítios haverá outras pessoas que se sentiriam exactamente na mesma situação.
Penso que a solução ideal seria encontrar um local de acesso rápido as metrópoles, com espaço livre e o menor numero de população possível á sua volta.
5 – Realize um trabalho de pesquisa nos jornais acerca da co-incineração em Souselas e elabore um texto onde aborde as seguintes questões:
a) Identifique os diferentes actores presentes na controvérsia pública em torno da co-incineração.
b) Identifique os valores defendidos por cada uma das partes e os argumentos de índole científica que estão por trás dessas opiniões.
O assunto da co-incineração em Souselas gerou controvérsia na sociedade.
A razão genérica que esteve na base quer da decisão governamental, quer do movimento de protesto dos habitantes de uma das regiões afectadas, era a mesma: o combate a um problema do foro ambiental. Com efeito, a decisão do Ministério do Ambiente de avançar com a co-incineração fundamentava-se na necessidade urgente de dar um tratamento aos Resíduos Industriais Perigosos produzidos em Portugal que, tal como estavam, representavam uma enorme ameaça ambiental; o movimento de protesto fundamentava-se no facto de a solução escolhida não ser ambientalmente correcta, transformando a própria solução em ameaça.
Os habitantes de Souselas não querem a incineradora perto das suas habitações.
O Ministério do Ambiente, a CCI (comissão cientifica independente) e a CIMPOR acreditam ser o local mais indicado para colocar a incineradora.
Para os habitantes de Souselas, assim como para os habitantes de todos os outros locais onde há projectos para a construção de incineradoras, existem vários aspectos a ter em conta, todos eles examinados no Estudo de Impacto Ambiental:
- Na área da saúde uma das maiores preocupações é que a exposição a agentes químicos possa causar efeitos cancerígenos ou de carácter crónico. Para refutar, o Ministério da Ambiente alega que, segundo estudos efectuados, o nível de exposição a agentes químicos é, em regra, demasiado baixa para causar efeitos tóxicos agudos e que a unidade de incineração prevista é semelhante a existentes em outros países sendo que o nível de emissões é compatível com a preservação da saúde pública.
- Quanto à qualidade da água uma das maiores preocupações é o impacto que a descarga de águas residuais possa ter. Segundo a Valorsul as redes de águas residuais criadas evitam a descarga no meio receptor. A maior parte das águas residuais são reutilizadas no processo e as que não são acabam sujeitas a tratamentos antes de serem lançadas no exterior tendo um impacto negativo muito reduzido.
- Os resíduos sólidos resultantes da incineração serão divididos em três. Os metais que podem ser reutilizados, escórias reutilizáveis na industria de construção e cinzas que serão depositadas em aterros ou conduzidas para o sistema de tratamento de resíduos industriais.
- Durante a incineração libertam-se maus cheiros que poderão degradar a qualidade do ar. Segundo o Ministério do Ambiente e a CCI o Maior impacto na qualidade do ar será durante a fase de construção, e mesmo assim, pouco significativo e de âmbito muito local, essencialmente poeiras. Quanto aos maus cheiros, acreditam que não haverá emissão significativa de cheiros já que o tempo de permanência dos resíduos na fossa de recepção é reduzido. Apenas se poderão registar odores significativos nas áreas confinadas de manuseamento.
- Outra das preocupações é o aumento da poluição sonora. Segundo os estudos realizados o aumento do ruído será reduzido. A alteração do nível de ruído existente será mínima.
- Prevê-se uma pequena desvalorização dos terrenos próximos da central. Por outro lado, o aumento dos postos de trabalho é significativo.
- A criação da central fará com que o tráfego para a área aumente. Toda a via espera-se que os acessos suportem sem grandes problemas o aumento do tráfego.
O movimento de protesto contra a co-incineração tem sido caracterizado por períodos diferenciados de contestação. Podemos identificar três desses períodos, de onde ressaltam as seguintes características fundamentais: no primeiro tempo, a insuficiência da reivindicação popular junto dos decisores governamentais traduziu-se num apelo ao saber de peritos de maneira a fundamentar a decisão; no segundo tempo, a posição tomada pela CCI, totalmente favorável ao avanço do processo de co-incineração, fez com que a contestação se fizesse, sobretudo, por via da controvérsia científica instalada; no terceiro tempo, o alargamento das análises científicas às questões relativas à saúde pública permitiram um reforço da associação que já vinha acontecendo entre parte da comunidade científica e o movimento de protesto, havendo uma aproximação inequívoca às principais preocupações das populações locais, muito embora o parecer do Grupo de Trabalho Médico (GTM) tenha garantido a inocuidade da co-incineração para a saúde das populações afectadas e referido que os riscos decorrentes da actividade de uma co-incineradora eram «socialmente aceitáveis».
Apesar de toda a polémica o importante é encontrar soluções para o problema. As co-incineradoras são necessárias para eliminar resíduos que não tivessem qualquer outra alternativa de tratamento. Do lado do movimento de protesto continuam ainda a ser efectuados esforços no sentido de serem encontradas alternativas para os restantes resíduos.
A verdade é que as co-incineradoras trazem benefícios que não podem ser ignorados e têm de ser construídas em algum sítio. Os habitantes não querem ter uma co-incineradora nos “seus quintais” mas neste momento a verdadeira preocupação deveria ser com o ambiente e deveriam ser tomadas em conta as vantagens que podem advir a longo prazo.
6 – Uma alternativa à co-incineração é a exportação dos resíduos tóxicos e perigosos. Analise esta alternativa do ponto de vista social.
Existem teorias relativas à exportação de resíduos tóxicos e perigosos para o espaço ou para zonas despovoadas como a Antárctica.
Todas estas teorias são criadas como alternativa à co-incineração já que os habitantes dos locais onde são planeadas as construções de co-incineradoras não as querem por perto.
O grande problema destas teorias é que não tomam em consideração as repercussões a longo prazo para o planeta e para a sociedade.
Imaginemos que os resíduos tóxicos são enviados para o espaço. Esses resíduos manter-se-iam em orbita próximo da terra juntamente com o lixo espacial deixado para trás pelo Homem aquando das suas excursões pelo espaço. Em orbita podem dar-se colisões que podem provocar a queda dos mesmos na Terra atraídos pela gravidade do planeta o que causaria danos enormes.
Com a criação de aterros em zonas despovoadas como por exemplo na Antárctica poderão ocorrer também danos enormes no planeta. Com o degelo actualmente existente nos pólos os resíduos lá acondicionados espalhar-se-iam nos mares contaminando as águas o que seria um desastre ambiental em grande escala.