quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira



Frase: “ Porque foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, cegos que vêm, cegos que vendo não vêem”


Todos os dias estamos “cegos” para situações que não queremos ver, que já são tão habituais que não as vemos ou porque simplesmente fomos ensinados a não as ver.

Nós sabemos que estas situações existem mas decidimos, ou a sociedade decidiu por nós, olhar para o lado e cegarmo-nos a nós próprios.

Na sociedade de hoje em dia são poucas as pessoas que conseguem ver no meio desta epidemia de cegueira selectiva.

A nossa sociedade é “cega” quando se trata de olhar para as diferenças dos outros, ou seja, o tom de pele, a cultura em que foram criados, a religião, a situação financeira, ou mesmo a profissão que exercem, entre tantas outras coisas.

No filme encontramos algumas situações que nos retratam as diferenças e como a nossa sociedade lida com elas.

Logo no início do filme, a primeira situação é bem reveladora do que nós, Seres Humanos, somos capazes de fazer perante uma situação de diferença.

Por exemplo, quando o primeiro homem cega, a única pessoa que se disponibiliza a ajuda-lo, fá-lo com segundas intenções, com o intuito de tomar proveito da situação roubando-lhe o carro.

Dramático, mas frequente na nossa sociedade, que prefere manter-se cega.

Por ironia do destino, esse mesmo homem acabou por ficar ele também cego e igualmente à mercê da “caridade” de outros.

Outro bom exemplo deste tipo de situações foi a reacção do governo a esta doença repentina, e perante o desconhecimento de saberem se seria contagiosa colocam os primeiros infectados em “quarentena” num hospital abandonado, sem condições, nem acompanhamento de qualquer natureza.

No meio desta situação o filme dá-nos a conhecer uma mulher capaz de se sacrificar em prol de um grupo restrito, do qual o seu marido fazia parte, correndo também o risco de cegar.

A este primeiro grupo esta mulher foi capaz de guiá-los, ensinando-os a viver com esta incapacidade e permitindo-lhes uma vida aparentemente “normal”.

À medida que foram entrando mais pessoas vitimas desta “cegueira”, o caos instalou-se e assistimos à transformação que ocorre nos Homens quando sabem que ninguém está a ver.

As condições de higiene degradaram-se, a luta pelo espaço e pelos alimentos tornou-se uma guerra interna e diária.

Após supremacia de um grupo perante os restantes, mais uma vez assistimos à decadência do Ser Humano, pois foi necessário que um grupo de mulheres se submetesse sexualmente aos caprichos do grupo dominante para puder garantir os alimentos aos restantes companheiros.

No grupo dominante havia uma pessoa que marcava a diferença, o cego que já o era antes da epidemia. Este homem era o único capaz de realizar as tarefas diárias de uma vida norma, ajudando os outros membros do seu grupo a subjugar o resto das pessoas, pois era o único que já estava adaptado à sua cegueira.

Este filme mostra-nos a capacidade do Ser Humano tem se transformar num Ser altruísta, mas também condescendente, quando confrontado com uma situação limite.

Leva-nos a pensar até onde somos capazes de ir para sobreviver e como a nossa sociedade fecha os olhos e põe de parte as diferenças perante o desconhecido.

Este filme abre-nos os olhos para a “cegueira” da nossa sociedade.



Trabalho realizado por:

Filipa Palma

Rute Barrocas

Margarida Salvador




Este é um daqueles filmes que, mesmo que não queiramos, nos deixa a pensar.

Cada pessoa tira uma moral diferente do filme.

Para mim, este filme fez-me pensar em como a nossa sociedade exclui toda e qualquer diferença sem remorsos. Vivemos num mundo de cegos selectivos e não queremos, ou não sabemos, como abrir os olhos, como sair desta cegueira em que nos esquecemos que somos todos iguais.

A pergunta que fica em aberto é: será que um dia vamos voltar a “ver” verdadeiramente?

Eu espero que sim… mas a sociedade não muda de um dia para o outro. Parte de todos e de cada um de nós abrir os olhos para uma verdade que sempre esteve lá mas que simplesmente não queremos ver, a nossa incapacidade de aceitar o que é diferente.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Acordo Ortográfico



Nós somos um dos grupos “nim”.

Dentro do acordo ortográfico, conseguimos encontrar aspectos favoráveis e desfavoráveis.

Os aspectos positivos que encontramos são, por exemplo, a uniformização da ortografia da língua portuguesa (Brasil, Portugal, Angola…), a aproximação dos povos no que diz respeito à cultura, o facto de não ser necessário tradução de livros de diferentes vertentes da língua portuguesa, tornando-os assim mais acessíveis. É também provável que o insucesso escolar a Português diminua pois a escrita torna-se mais simples.

No entanto, o acordo ortográfico também tem aspectos negativos.

Em primeiro lugar, este acordo não é mais que um acordo económico, já que apenas muda a forma escrita da língua e não a falada, nem as palavras características de cada cultura.

Esta situação vai criar dificuldades na adaptação à nova forma escrita às pessoas adultas e mais idosas.

Mesmo depois de ter ouvido as opiniões dos grupos do sim e do não, não sou realmente capaz de escolher um ponto de vista único.

Este acordo traz vantagens mas também desvantagens e nenhuma das vertentes deve ser ignorada.

Auto-Retrato



Eu sou uma pessoa extremamente persistente. Se tenho um objectivo em mente não desisto até lá chegar. Daí vem o meu maior defeito: a teimosia. Sou teimosa até ao fim. Não desisto.

A qualidade que mais aprecio numa pessoa é a honestidade. Temos que ser sempre honestos com os outros, mas mais importante, connosco próprios.

O que aprecio nos meus amigos é estarem sempre lá quando preciso deles. São como as estrelas, nem sempre as vemos mas sabemos que estão sempre lá.

Na minha vida, só existe uma heroína, a minha mãe. Ensinou-me a ser a pessoa que sou hoje e nunca me escondeu os seus erros para que eu pudesse aprender com eles.

O meu maior desgosto seria perder as pessoas que amo. É inevitável, mas de cada vez que perco uma, um pedacinho de mim vai com ela.

Detesto falsidade e intrigas. Sou frontal e directa e gosto que as pessoas o sejam para mim.

Adoro ler. Sempre que posso agarro-me ao meu livro e refugio-me nas suas páginas. O meu escritor favorito é Paulo Coelho. Aprendo sempre alguma coisa com os seus livros.

A minha citação favorita é “ o que não nos mata, deixa-nos mais fortes “ e é sempre o que me lembro nos momentos difíceis, que vou sair mais forte.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sistemas


Numa das aulas de STC falamos sobre sistemas.

Decidi colocar aqui uma pequena noção do que são sistemas.


Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objectivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção.


Se pensarmos bem todos nós fazemos parte de vários sistemas sendo nós próprios um sistema que é composto por vários sistemas como o sistema digestivo, o sistema circulatório, etc.


Tudo engloba um ou mais sistemas até os decompormos à mais pequena parte: o átomo. Toda a matéria é constituída por átomos que se juntam para formar sistemas.


No fundo tudo à nossa volta, até nós próprios, é apenas um conjunto de átomos que se juntaram em vários sistemas para atingir um objectivo comum. Todos somos feitos da mesma matéria base. Todos nós somos diferentes mas, se formos decompor o sistema que somos, todos nós somos iguais.



Sociologia e a Exclusão Social


A sociologia é uma ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. No estudo desses processos é impossível haver experimentação. Para chegar às conclusões observa-se o que nesses processos é repetitivo para daí estabelecer teorias gerais.

Um dos fundadores da sociologia foi Max Weber. Weber defendia que o conhecimento nunca chega ao fim.

Segundo Weber em todas as acções sociais os indivíduos são movidos por intenções próprias mas orientam-se pelos comportamentos esperados dos outros, ou seja, quando tomamos uma acção esperamos uma determinada reacção.

Todos os comportamentos estão sujeitos a condicionalismos. A construção social da pessoa que somos está condicionada quer seja pela nossa família, o meio social em que estamos inseridos, ou o nosso sexo.

Na nossa sociedade nem todos podemos ser iguais. Todos somos diferentes e por vezes essas diferenças vão contra o estereótipo que a maior parte das pessoas aceita. Dessa incapacidade de alguns grupos de aceitar as diferenças nasce a exclusão social.

A exclusão social hoje em dia é uma verdade à qual já não podemos fechar os olhos.

Os indivíduos são excluídos muitas vezes por uma ou mais caracterisristicas que se enquadram numa óptica da privação. Ou por ausência de cidadania, dignidade, grupos de convívio ou poder de compra ou por falta de capacidades nas áreas do saber, do fazer e do estar.

Basicamente pessoas "excluídas são todas as que não participam dos mercados de bens materiais ou culturais" (Martine Xiberas).

A pobreza, a cor da pele, a orientação sexual ou a doença são as principais razões pelas quais indivíduos são excluídos socialmente.

Hoje em dia já são postas em prática estratégias de inserção e inclusão social, porém, este é um processo longo e demorado até que estes indivíduos estejam novamente integrados na sociedade.

Na sociedade em que vivemos as diferenças ainda não são aceites. A exclusão social continua a existir. As pessoas continuam a ser discriminadas por características que não fazem delas menos aptas para desempenhar um papel importante na sociedade.

Só podemos esperar que a sociedade comece a “abrir os olhos” e a tomar consciência de que todos somos diferente mas no fundo todos somos iguais. Somos todos humanos com qualidades e defeitos, com características que fazem de nós indivíduos com identidade própria e, por isso mesmo, não menos aptos que o estereótipo para sermos parte activa e importante na sociedade.

A mudança nasce do esforço de cada um de nós. Por isso mesmo aqui deixo o apelo para que cada um de nós tome consciência da magnitude que a exclusão social atingiu e do tumor que é na nossa sociedade. Todos nós devemos lutar para acabar com a exclusão social e perceber que no fundo todos somos iguais.



Bibliografia:

vamoslafalar.blogspot.com/2007/08/povo-cigano...

http://www.triplov.com/ista/cadernos/cad_09/amaro.html

http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/95/27/

Biotecnologia


No dia 06/11/2008 a Marta passou-nos algumas perguntas para respondermos com base no que falamos na sessão sobre a biotecnologia. Aqui estão as perguntas e as minhas respostas.


DR1 – Em que medida a Biotecnologia aumenta a minha qualidade de vida?

A Biotecnologia é uma ciência que continua a evoluir. Pode ser usada em várias áreas como a agricultura e os cuidados de saúde.

Na área da saúde a Biotecnologia já permite a disponibilização de medicamentos e serviços médicos.

Neste momento aposta-se na investigação para encontrar tratamento para algumas doenças degenerativas tal como a doença de Alzheimer.

Os avanços da Biotecnologia na área da saúde aumentam a qualidade de vida da sociedade, em especial a de pessoas que sofram, ou tenham familiares que sofram, de doenças degenerativas caso se encontre tratamento para tais doenças.

Aumenta a minha qualidade de vida na medida em que disponho de uma maior variedade de medicamentos e serviços de saúde.

DR2 – Sou contabilista numa empresa produtora de cereais. Que medidas posso propor para aumentar os lucros e diminuir os custos?

Adoptando a Biotecnologia seria possível aumentar os lucros e diminuir os custos.

As variedades transgénicas de cereais são desenhadas para esse mesmo fim. São mais adequadas às condições dos solos, reduzem os custos de produção e maximizam a produtividade.

Causam menor impacto ao ambiente pois são criadas para resistir as pragas logo o uso de pesticidas e reduzido. Além disso os processos biotecnológicos são desenvolvidos à temperatura e a valores de acidez semelhantes aos que existem no ambiente o que reduz muito a necessidade de utilização de energias não renováveis.

DR3 – A engenharia genética é um recurso inesgotável de possibilidades para a Humanidade. Devem existir limites políticos/científicos ao seu desenvolvimento? Porquê?

A questão de imposição de limites políticos/científicos à engenharia genética divide as opiniões.

Por um lado, a engenharia genética pode proporcionar-nos avanços que podem melhorar muito a qualidade de vida da sociedade.

Por outro lado, existem limites que não devem ser transpostos e a dignidade humana deve ser sempre preservada.

Penso que não devem haver limites quando a pesquisa tecnológica ajuda a aliviar os flagelos que atingem a Humanidade, como a fome e as doenças, trazendo benefícios sociais.

Porém, se for utilizada apenas para tornar a vida mais agradável, os efeitos negativos e ricos da engenharia genética devem ser ponderados cuidadosamente e com base numa atitude crítica para garantir que seja assegurada a ética no avanço tecnológico.

DR4 – O avanço da Biotecnologia poderá produzir organismos para colonizarem outros planetas? Porque ainda não foi feito?

Eu penso que sim. A partir de investigações feitas em outros planetas, como por exemplo em Marte, foram encontrados microrganismos (bactérias) capazes de sobreviver ao clima.

Com a evolução da ciência é possível criar organismos semelhantes para colonizar outros planetas.

No entanto, penso que ainda não foi feito pois é um processo longo e muito dispendioso. A evolução da ciência assenta em fundos que neste momento penso estarem concentrados em investigações que exploram as vantagens do nosso planeta antes de passarem para outros.

Com fundos, a evolução da Biotecnologia e das técnicas necessárias para levar a cabo um projecto de tamanha dimensão, acredito que dentro de alguns anos teremos alguma evolução nesse sentido.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Lamark vs Darwin


No dia 3/11/2008 na aula de STC com a Marta falamos de duas teorias diferente sobre a evolução. Uma delas criada por Lamarck e outra por Darwin.

Aqui vou falar um bocadinho sobre cada uma dessas teorias.

A evolução segundo Lamarck




Em 1809, o biólogo francês Jean Baptiste Lamarck propôs uma teoria para explicar de qual maneira os seres vivos evoluem.
Segundo Lamarck as mudanças no meio ambiente provocavam, numa detreminada espécie, uma necessidade de mudar para se adaptar. Essa necessidade levaria à formação de novos hábitos.

Com base nesta idéia e na observação da natureza Lamarck formulou duas leis básicas da sua teoria evolutiva, a lei do uso e do desuso e a lei dos caracteres adquiridos.

Segundo a lei do uso e do desuso quanto mais um orgão ou uma parte do corpo é usada mais se desenvolve e se uma parte do corpo ou orgão não for usado enfraquece, atrofia podendo mesmo chegar a desaparecer.

Para Lamarck um exemplo desta lei eram as plantas do desesto que diminuiram as suas folhas para evitar a transpiração e estas acabaram transformadas em espinhos ao mesmo tempo que os seus caules adquiriram uma consistência mais suculenta para reter a água. Ou por exemplo as girafas que por teram pouco alimento no solo tiveram que esticar os seus pescoços e as suas patas para chegarem às folhas das árvores.

Segundo a lei da transmissão dos caracteres adquiridos qualquer animal poderia transmitir aos seus descendentes aquelas características que se atrofiavam pelo desuso ou se desenvolveram pelo uso. Portanto, de acordo com Lamarck as novas espécies aparecem, por evolução, devido a aquisição ou perda de caracteres.

No exemplo das girafas, os pescoços e patas mais longos que os anteriores adquiridos por uma geração seriam passadas à proxima.

A primeira lei de Lamarck, lei do uso e do desuso, é válida. Por exemplo os atletas que treinam diáriamente desenvolvem os seus musculos através do uso, já as pessoas que sofrem de paralesia das pernas acabam por ficar com os musculos das mesmas atrofiados devido ao desuso. O problema surge na segunda lei, a lei da transmição dos caracteres adquiridos, já que as caracteristicas adquiridas por uma individuo em vida nunca são passadas à geração seguinte.



A evolução segundo Darwin

Biologo e naturalista inglês, Charles Darwin, após a observação da grande diversidade entre as espécies criou a sua própria teoria da evolução.

Segundo Darwin um dos processos da evolução era a selecção natural onde os espécimes com as características mais favoráveis eram os que sobreviviam e consequentemente as passavam à sua descendência. Os espéciemes com as caracteristicas menos favoráveis eram eliminados com o passar do tempo. Uma das vertentes da selecção natural é a selecção sexual. Neste caso os espécimes que passam as caracteristicas à descendência são os que se conseguem tornar mais atractivos ao sexo oposto para assim procriarem e passar as suas caracteristicas de geração em geração.

Outro dos processos apontados por Darwin é a selecção artificial. Este tipo de selecção é efectuado pelo homem. Neste caso, os espécimes que passam as suas caracteristicas às gerações seguintes são os que o Homem pensa terem as caracteristicas mais favoráveis para si mesmo.

A teoria de Darwin estava fundamentalmente correcta, mas teve de ser complementada e corrigida pelos avanços da ciência e dos evolucionistas para se tornar na teoria sólida que temos hoje em dia.


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Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
http://www.colegioweb.com.br/biologia/a-evolucao-segundo-lamarck
http://staffwww.fullcoll.edu/tmorris/myths_of_evolution/myths_of_evolution.htm
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/evolucao-dos-seres-vivos/teorias-da-evolucao-2.php